03 setembro 2006

Flashback

Para que não morram no esquecimento minhas produções de outrora, publicarei em doses suaves elucubrações de outros Carnavais, Páscoas e Corpus Christis.

O abaixo é de 2004. Época em que a inteligência nacional foi aviltada com novos “talentos artísticos”. Apesar da ameaça que isso representou ao Brasil, preferimos continuar dando mais importância ao Onze de Setembro. Pior para nós, que continuamos sendo atacados pelas hordas da ignorância. Salve-se quem puder e cérebro para que te quero?

Didi quer ser escritor e a Gisele Bünchen quer ser atriz!
Eu quero ser extraditado!

Deu na mídia e no meio do estômago: Didi Aragão, o Renato, virou romancista! Isso mesmo, aquele cara do programa dominical de debates filosóficos estreou no ramo literário provando mais uma vez que para quem tem dinheiro, para que talento?

Seu sonho agora é entrar para o maior grupo humorístico do Brasil sediado no Rio de Janeiro, a Academia Brasileira de Letras. Didi daria um contrapeso intelectual à Instituição, que carece de cérebros. Basta dizer que entre os imortais contemporâneos estão Marco Maciel, José Sarney e Paulo Coelho. Machado de Assis, perdoai-nos! Nossos netos jamais acreditarão que a ABL fora um dia lugar sério.

Mais preocupante são os discípulos de Aragão. Seu principal pupilo é o pensador Kleber Bambam. Descoberto num reality show da Globo, o rapaz tem agora o que lhe faltava para ser um literário de sucesso, grana, a qual substitui o mais inútil dos órgãos humanos, o cérebro.

Se você ainda não acredita que talento e dinheiro são sinônimos, pois vá ao cinema. Gisele Bünchen prova em “Taxi” que não é somente um corpinho bonito, ela é também uma estonteante conta bancária. Pobre de quem compra ingresso para esse desfile.

E tome talento na cabeça! Num país que já conta com “É o Than” nas paradas de sucesso e Luciana Gimenez como apresentadora de TV, Aragão e Gisele são a pá de cal no último resquício de inteligência.

Abaixo os Ubaldos. Venceu a gonorância!

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