29 agosto 2006

Quem é o melhor para governar o Brasil: Gandalf ou Dumbledore?

Ambos são CEOs de sucesso e cobiçados pelas maiores corporações do planeta. Seus perfis foram analisados por publicações voltadas para carreira e administração, demonstrando o quanto o mercado se espelha neles e como falta pauta na imprensa especializada. Além de serem cases de sucesso, Gandalf o Branco (ex-Cinzento) e Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore carregam uma característica crucial para salvar o Brasil: são bruxos. O Diário da Tribo, demonstrando mais uma vez o seu indiscutível pioneirismo, pergunta ao brasileiro, “Em quem você vai votar para governar o Brasil: Gandalf ou Dumbledore?” A escolha é difícil porque os currículos são bem parecidos.

Gandalf foi presidente-em-chefe da Confraria do Anel que, apesar do nome pornográfico, tinha como objetivo apenas levar um anel para ser derretido num ourives clandestino da periferia da Terra Média. A empreitada levou nove horas de filme, custou a vida da maior parte da equipe executiva (comum no mundo corporativo) e o dedo do gerente de projeto, Froddo Bolseiro, que encerrou a carreira embarcando num transporte rumo a uma clínica psiquiátrica.

Dumbledore goza de uma invejável reputação como CEO da mais prestigiada escola de ensino fundamental bruxo do mundo, Verrugas de Porco - ou Hogwarts, como dizem os tradutores. Dumb, para os bruxos mais chegados, acumulou cargos importantes como presidente da Suprema Corte dos Bruxos e da Confederação Internacional dos Bruxos. Todavia, jamais aceitou o cargo de ministro da Magia, embora sempre fosse o nome mais cotado.

Os dois bruxos compartilham defeitos de chefes de estado. Como todo FHC carrega na mala o seu Ricardo Sérgio e todo Lula traz na sombra um Waldomiro Diniz, Gandalf quase se deu mal ao apostar muito em Sarumon o Branquelo. Por sua vez, Dumb é muito criticado, especialmente por Harry Potter, por confiar demais em Severo Snape. A exemplo de todo governante, ambos são excepcionalmente honestos, mas capazes de encher a administração de corruptos.

Embora sejam incrivelmente poderosos, uma vez em Brasília tanto Gandalf como Dumbledore estarão sujeitos à maior enfermidade que tem acometido os portadores da faixa presidencial verde-amarela, a Amnésia do Planalto. Ainda sem causa investigada por CPI, a doença apaga toda a memória anterior ao dia da posse. A vítima se esquece de quem foi, do que escreveu, em quê acreditava e o quê defendia, produzindo mais de duzentas milhões de outras vítimas em ciclos que variam de quatro a oito anos.

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